O Grilo Verde
Na horta do tio Manuel apareceu um grilo verde como as alfaces. Os grilos, que viviam por perto, achavam o grilo esquisito por ele assobiar e ser verde.
Um dia juntaram-se todos e foram ter com ele. Perguntaram-lhe porque não era da mesma cor deles e não cricrilava. Ele respondeu que nasceu assim e assobia por não saber fazer outra coisa.
Os grilos pediram para ele mudar de cor e nunca mais assobiar. O grilo pediu desculpa e disse que não podia fazer o que eles pediam.
Os grilos pretos, então, disseram que o iam prender por causa da reputação deles. Eles sempre foram pretos e cricrilavam.
O grilo verde fugiu para todos os lados e, a sorte, foi o tio Manuel entrar na horta e escorraçar os grilos pretos.
O tio Manuel costumava dormir uma soneca à sombra da oliveira, mas os grilos saltavam e faziam muito barulho. O tio Manuel mandou-os calar, só que eles não ligaram.
Zangado, o tio Manuel, foi buscar a enxada e começou a percorrer a horta para os localizar. Os grilos pretos, ao verem a enxada, fugiram.
O tio Manuel exausto voltou para a sombra da oliveira, suspirou três vezes e adormeceu.
Enquanto o tio Manuel dormia, no corpo do grilo verde nasciam grandes asas da cor de fogo.
Então, subiu para o ramo mais alto da oliveira. Enquanto assobiava uma melodia, o tio Manuel acordou.
- Que melodia linda! Quem a estiver a assobiar que apareça. – ordenou o tio Manuel Liró.
Então, o grilo verde apareceu voando e mostrou-se ao tio Manuel. O tio Manuel pensou apanhá-lo e mostrá-lo aos amigos, só que o grilo começou a subir o céu azul assobiando a estranha melodia e desapareceu entre um castelo de nuvens.
O grilo verde voou até se cansar e pousou numa árvore. Olhou para o lado e, para espanto dele, viu um grilo igual a ele.
Então, viu que estava no sítio certo, em sua casa.
O grilo verde foi feliz para sempre.
(Continuação da história)
Trabalho realizado pelo aluno João Pedro Pereira Rodrigues, da EB1/JI de Silveiros, do 2º ano de escolaridade.
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