O Grilo Verde
Um dia apareceu na horta do tio Manuel Liró um grilo verde, tão verde como as alfaces repolhudas e sabia assobiar.
Os grilos das redondezas eram pretos e só sabiam cricrilar. Estes sentiram-se incomodados com a cor do grilo verde e dos assobios.
Então, os grilos pretos juntaram-se e foram ter com o grilo verde para o convencer a mudar de farda e de música. Mas o grilo verde disse que nasceu verde e só sabia assobiar e perguntou porque é que eles eram pretos e só sabiam cricrilar. Eles responderam-lhe que sempre foram pretos.
Então, rodearam-no e queriam metê-lo numa lura muito funda. Mas o grilo verde, com medo, começou a fugir saltando e fintando os grilos pretos. A sorte do grilo verde foi que apareceu o tio Manuel Liró para ler o jornal e dormir a soneca. Mas o barulho era tanto que ele acordou estremunhado, levantou-se, pegou na enxada e começou a cavar o talho, a arrancar os feijoeiros, a cortar as vagens, a desfazer os feijões. Os grilos pretos mal viram a enxada afiada fugiram e esqueceram-se do grilo verde.
No fim, o tio Manuel Liró voltou para a sombra da oliveira e dormiu a sua soneca descansado.
Enquanto ele dormia, cresceram umas grandes asas cor de fogo no grilo verde. Depois o grilo voou para cima da oliveira e começou a cantar de alegria e liberdade. No fim da música, o grilo verde, voou para uma ilha, onde arranjou muitos amigos e uma namorada.
(Continuação da história)
Trabalho realizado pelo aluno Paulo Jorge Simões Costa, da EB1/JI de Silveiros, do 2º ano de escolaridade.
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