O Grilo Verde
Na horta do tio Manuel Liró havia um grilo verde que assobiava.
Ora, os outros grilos que eram pretos e faziam cri-cri, não gostaram de saber disso. Todos juntos decidiram fechar o grilo verde numa toca.
Quando foram apanhar o grilo verde, fizeram tanto barulho que o tio Manuel Liró, que estava debaixo duma oliveira a dormir, acordou.
O tio Manuel Liró, que não gostava de ser incomodado durante a sesta, pegou numa enxada e resolveu acabar com o barulho e desfez o feijoal, onde estavam os grilos. Todos os grilos fugiram ao verem a fúria do tio Manuel. O grilo verde saltou para cima de uma couve e escondeu-se lá. O tio Manuel voltou à sua sesta e, enquanto dormia, deu-se um caso extraordinário, o grilo verde ganhou umas asas cor de fogo, voou para cima da oliveira e assobiou uma linda melodia.
Ao ouvir tão linda melodia assobiada por um grilo verde com asas cor de fogo, o tio Manuel Liró quis apanhá-lo para o guardar e mostrar aos amigos.
O grilo verde escapou-se rapidamente e voou, voou, voou… ia subindo e assobiando. Quando passou as nuvens, ficou tão perto do sol que as suas asas derreteram. O grilo ficou preto e rouco de tanto assobiar.
O grilo, que era verde, passou a ser um normal grilo preto que salta e faz cri-cri.
Trabalho realizado pelo aluno Guilherme João Andrade Carvalho, da EB1/JI de Silveiros, do 2º ano de escolaridade.
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