segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Projecto "Oceano das Palavras"


O Grilo Verde

Era uma vez um Grilo Verde que não tinha amigos e haviam grilos pretos que não gostavam dele, porque assobiava maravilhosamente e era verde.
Quando a notícia se espalhou, os grilos pretos foram ter com ele à horta do tio Manuel Liró perguntar-lhe porque não era preto como eles e porque não cricrilava. O Grilo Verde disse que nasceu assim.
Os grilos pretos acharam disparate e disseram-lhe que devia mudar de cor e nunca mais assobiar.
O Grilo Verde disse que não podia fazer o que lhe estavam a pedir, pois cada um é como é.
Então, decidiram prendê-lo, mas o Grilo Verde desatou aos saltos, tentando fugir.
Nessa tarde, o tio Manuel Liró adormeceu na horta e o Grilo Verde enfiou-se numa couve.
Como os grilos pretos faziam muito barulho, o tio Manuel Liró acordou zangado, correu e foi buscar uma grande enxada para encontrar os grilos barulhentos. Depois de tanto procurar, descobriu-os nos feijoeiros viçosos. Como queria dormir descansado, pegou na enxada e começou a cavar.
Os grilos pretos assustaram-se e tentaram fugir, esquecendo-se do Grilo Verde, que se tinha empoleirado numa couve, escondido, calado e quieto.
Depois de tanto cavar, o tio Manuel Liró pensou que os grilos se tinham ido embora.
Cansado, voltou a adormecer, foi quando cresceram umas grandes asas no corpo do Grilo Verde que começou a voar e foi poisar no ramo mais alto da oliveira e começou a assobiar uma bela e estranha melodia.
O tio Manuel Liró acordou e, admirado, tentou descobrir quem assobiava.
Então, o Grilo Verde apareceu e o tio Manuel Liró achou-o um bicho muito estranho, mas que assobiava muito bem. Tentou apanhá-lo para o mostrar aos amigos, mas o Grilo Verde fugiu e desapareceu entre as nuvens.
O tio Manuel Liró ficou triste e começou a chamar pelo Grilo Verde. Então, ele voltou a descer e disse que se o deixasse voar livremente iria sempre assobiar aquela bela e estranha melodia. O tio Manuel Liró concordou.


(Continuação da história)
Trabalho realizado pela aluna Juliana Maria Mendes da Silva, da EB1/JI de Silveiros, do 2º ano de escolaridade.

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